CORRIDA PRESIDENCIAL: Nunca tivemos uma eleição com um favorito tão nítido.


  CORRIDA PRESIDENCIAL É comovente o esforço que a elite brasileira dedica à proteção de seus filhotes na política. Prova? O carinho com que todos os candidatos a candidatos da tal terceira via foram tratados, tanto os que sumiram quanto aqueles que restam. Receberam as atenções que os criadores de raças exóticas dedicam às ninhadas, cuidando com desvelo de cãezinhos que nascem fracos e com mínima chance de sobrevivência. 

Atravessamos o mais sui generis de nossos períodos pré-eleitorais. Nunca tivemos uma eleição com um favorito tão nítido, a tanto tempo do pleito. Nunca tivemos um outro ocupando o segundo lugar de maneira tão estável. 

Faça chuva ou faça sol, Lula se mantém como grande favorito e Jair Bolsonaro permanece no segundo posto. Desde quando o ex-presidente voltou ao jogo, após ser excluído pelo golpe do autoritarismo, sempre obteve mais de 40% das intenções de voto no primeiro turno, em qualquer pesquisa séria. Lá embaixo, o ex-capitão também está firme, longe de Lula e acima dos filhotinhos que apareceram e saíram de cena. 

Se considerarmos os resultados médios das pesquisas, mês a mês, nada mudou: Lula estável, acima de 40%, e Bolsonaro estável, acima de 20%. Na margem de erro, indispensável à avaliação, nada muda desde maio do ano passado. Doença, miséria, denúncias e bilhões em demagogias (e, agora, até mesmo uma guerra de impacto global) não afetaram a estabilidade. 

Quem se lembra das eleições presidenciais que fizemos desde 1989 sabe que isso é inédito. Em todas, os favoritos só se consolidaram na reta final, candidaturas subiram e desceram, houve disputas acirradas pelo primeiro e o segundo posto.


Via carta capital

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